Em uma fase marcada pelo desejo de ser independente e por intensas descobertas e transformações, a educação financeira na adolescência pode ser um desafio. Mas é justamente nesse momento que falar sobre dinheiro de forma clara e sem tabus é essencial.
Ensinar crianças e adolescentes a lidar com as finanças desde cedo é uma forma eficaz de formar adultos prevenidos e seguros.
Acompanhe este post e veja dicas sobre como abordar o tema educação financeira na adolescência.

Por que conversar sobre dinheiro com adolescentes?
Quando crianças e adolescentes crescem sabendo da relevância de ter uma relação saudável com as finanças, aumentam as chances de tomarem decisões mais assertivas no futuro e de evitarem o endividamento.
Isso fica mais claro no mundo atual de hiperconexão, no qual os adolescentes estão expostos a um fluxo constante de informações.
O Gerente do Projeto de Educação Financeira da POUPEX, Márcio Manzi, ressalta:
“Ensiná-los a gerenciar, economizar e planejar desde cedo, considerando esses novos estímulos e a dinâmica de consumo digital, é essencial para evitar armadilhas financeiras e formar adultos responsáveis.”
A seguir, veja algumas dicas práticas para abordar o tema dentro de casa.
1. Apresente conceitos básicos

Manter os adolescentes atualizados sobre alguns conceitos básicos relacionados a finanças pode ser um primeiro passo.
Márcio Manzi reforça esse ponto: “Compreender conceitos como orçamento, poupança, reserva de emergência, dívida e, especialmente, novas formas de investimento prepara o jovem para o futuro”.
Livros, materiais didáticos, filmes e documentários (ver box abaixo) são excelentes recursos para apresentar conceitos aos adolescentes e estimular conversas sobre finanças.
2. Seja exemplo de boas práticas
Nessa fase, é fundamental que pais e responsáveis sejam exemplos de boas práticas financeiras e estejam abertos a esclarecer dúvidas.
Algo essencial para educar os jovens é reduzir o consumo excessivo. Diferentemente das gerações anteriores, os adolescentes de hoje são estimulados a todo momento por influenciadores digitais e criadores de conteúdo que incentivam o consumo exagerado.

Se pais e responsáveis consomem por impulso e em excesso, esse será o exemplo mostrado. Por outro lado, quando adultos próximos optam por comprar menos e de forma mais consciente, eles mostram que esse é um caminho a seguir.
3. Ajude a definir metas e objetivos

Estabelecer metas e objetivos ajuda os adolescentes a organizarem seus desejos, estabelecerem prioridades e realizarem sonhos. Pode ser economizar para um ingresso de show, um novo celular ou uma viagem com amigos.
“O importante é que a meta seja tangível e relevante para o universo deles, motivando-os a economizar para além do mero ‘guardar dinheiro’”, diz Márcio Manzi.
4. Ensine a controlar receitas e despesas
Além disso, para controlar os gastos, é importante um registro de entradas e saídas de dinheiro, podendo ser de maneira digital, com planilhas e aplicativos, ou até em um bloco de notas. É o chamado orçamento pessoal.
Dessa maneira, é possível melhorar o planejamento financeiro, além de identificar prováveis despesas desnecessárias e cortá-las.
Afinal, devo dar mesada ao meu filho?
A mesada pode ser a oportunidade para ter a primeira experiência de administrar dinheiro.
Ela funciona como uma ferramenta para a educação financeira e auxilia os adolescentes a fazerem escolhas mais responsáveis.
O valor não precisa ser alto. O intuito é ensinar os adolescentes a lidar com o dinheiro na prática.
Saiba mais em: Mesada para os filhos: tire suas dúvidas sobre o assunto